"Mais difícil do que vencer as barreiras físicas impostas pela deficiência é vencer a barreira sólida do preconceito social"

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Com 222 atletas, número de competidores brasileiros supera até o de mexicanos na Vila Parapan-Americana
Fotos: Luciana Vermell/ Fotocom-CPB
A maior delegação de um país nos Jogos Parapan-Americanos já está “em casa” em Guadalajara. O hasteamento da bandeira do Brasil na Vila, nesta quarta-feira, marcou a entrada oficial dos 222 atletas brasileiros no alojamento onde ficarão até o encerramento das provas, no dia 20 de novembro. O número é superior ao do anfitrião México, que tem 209 competidores. Ao todo, a delegação do Brasil conta com 362 pessoas, e é a maior já enviada pelo país a uma competição esportiva no exterior em todos os tempos.

Na cerimônia de recepção oficial, o Chefe de Missão e diretor técnico da delegação brasileira, Edilson Tubiba, exortou os atletas a “dar o melhor de cada um, para sermos o melhor da América, com o que a gente tem de melhor, nosso profissionalismo e nosso jogo limpo”.

andrew e tubiba cerimonia da bandeira


O presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Andrew Parsons, emocionou-se no  evento. “É um sonho. Comecei a viver isso há 14 anos e jamais esperei participar de uma festa como essa. A emoção é muito forte, por ser o coroamento de um trabalho que é fruto do esforço de muita gente”, afirmou.

delegação bandeora 09 11 11

A bandeira brasileira foi a terceira a subir na Vila Parapan-Americana, após as do México e dos Estados Unidos, apontados, junto com os canadenses, como os principais adversários dos brasileiros. Para Ciro Winckler, coordenador da equipe de atletismo, a responsabilidade é grande: “Somos referência nas Américas. Aqui começamos o trabalho visando as Paraolimpíadas de 2012 e 2016. Trouxemos atletas novos, cujos resultados servirão de parâmetro para o trabalho nos próximos anos.”

O campeoníssimo nadador Clodoaldo da Silva, veterano em competições internacionais, diz que a meta da equipe brasileira é o primeiro lugar no quadro de medalhas da natação. “Estamos mordidos, pois no Rio ficamos em segundo, atrás do Canadá” – com dois ouros a menos, apesar de um total maior de medalhas (108, sendo 39 de ouro).

Do alto da experiência de quem já possui quatro ouros em Paraolimpíadas, o judoca Antônio Tenório sabe que enfrentará atletas com sede de medalhas. “O Parapan é uma competição séria, a principal do ano, e todo mundo vem aqui para buscar o ouro”, afirmou.

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